Roteiro Homilético 6: Roteiro
RITOS INICIAIS
Salmo 65, 4
Antífona de
entrada: Toda a terra Vos adore, Senhor, e entoe hinos ao vosso nome, ó
Altíssimo.
Introdução ao
espírito da Celebração
Notam-se em
algumas pessoas sintomas de doença espiritual: falta de esperança, como se
depois desta vida nada mais houvesse a esperar, traduzido na vida por um
materialismo prático; procura de um cristianismo light, sem mandamentos nem
sacrifício, acomodado às nossas más tendências; uma falsa esperança de que a
ciência acabará por perpetuar a vida do homem sobre a terra.
São outros
tantos «redentores» atrás dos quais as pessoas correm. Procuro na intimidade
com Jesus Cristo uma amizade crescente, reconhecendo n’Ele o meu insubstituível
Salvador?
Acto
penitencial
Embora
proclamemos que somos cristãos, damo-nos conta de que também nos deixamos levar
por estas ilusões.
Imploremos,
uma vez mais, a paciência e a misericórdia de Deus para os nossos pecados,
hesitações e faltas de generosidade.
(Tempo de
silêncio. Apresentamos, como alternativa, sugestões para o esquema C)
Senhor, temos
separado as exigências da fé da vida no dia a dia,
não nos distinguindo,
na prática, dos que não receberam o Baptismo.
Senhor, tende
piedade de nós!
Senhor, tende
piedade de nós!
Cristo, às
vezes não temos sido testemunhas da verdadeira Esperança
como fermentos
na família, no mundo do trabalho e na vida social.
Cristo, tende
piedade de nós!
Cristo, tende
piedade de nós!
Senhor,
encaramos a vida, nas nossas conversas, com pessimismo,
Como se não
fôssemos filhos de Deus, plenamente confiados em Vós.
Senhor, tende
piedade de nós!
Senhor, tende
piedade de nós!
Deus todo
poderoso tenha compaixão de nós,
perdoe os
nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
Oração
colecta: Deus eterno e omnipotente, que governais o céu e a terra, escutai
misericordiosamente as súplicas do vosso povo e concedei a paz aos nossos dias.
Por Nosso Senhor…
Liturgia da
Palavra
Primeira
Leitura
Monição: Deus
chama o Seu servo (Israel) ainda quando está no seio materno e nele põe as Suas
complacências. Entrega-lhe uma missão salvífica concreta: Reunir o Povo de Deus
disperso e desterrado, e iluminá-lo com a sua palavra para que, por sua vez,
ele seja a luz dos povos.
Isaías 49,
3.5-6
3Disse-me o
Senhor: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória». 5E
agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de
mim o seu servo, a fim de Lhe reconduzir Jacob e reunir Israel junto d’Ele. Eu
tenho merecimento aos olhos do Senhor e Deus é a minha força. 6Ele disse-me
então: «Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob e
reconduzires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti a luz das nações, para
que a minha salvação chegue até aos confins da terra».
Temos aqui
parte do 2.º poema do Servo de Yahwéh. Praticamente todos os manuscritos
hebraicos, bem como as versões antigas, incluindo a Vulgata, acrescentam depois
de «meu servo», o aposto «Israel» (uma possível glosa antiga a partir de Is 44,
21, segundo alguns críticos). E este servo, mesmo aparecendo assim como
colectividade, não deixa de ser uma figura de Jesus. E Jesus não só é «um
Israel» enquanto encarna o Israel ideal, mas Ele é também «o Cristo total»,
cabeça e membros. Ele é o novo Israel, que, à maneira daquele antigo patriarca,
dá origem ao «novo Israel de Deus» (Gal 6, 16), assente não já na descendência
carnal dos 12 Patriarcas, mas no alicerce dos 12 Apóstolos do Cordeiro (cf.
Apoc 21, 14; Ef 2, 19).
6 «Luz das
nações» (cf. Is 42, 6). A missão de Jesus é universal: veio salvar e iluminar
todos os homens. Ele proclama-se «a luz do mundo» (Jo 8, 12; 9, 5; 12, 46; cf.
1, 4-5.9); Simeão reconhece n’Ele «a luz para se revelar às nações» (Lc 2, 32).
Este v. 6 é citado expressamente por S. Paulo no discurso em Antioquia da
Pisídia (Act13, 47): Cristo é a luz das nações e, com Ele, os seus discípulos,
anunciadores do Evangelho são também luz do mundo (cf. Mt 5, 14).
Salmo
Responsorial Salmo 39 (40), 2 e 4ab.7-8a.8b-9.10-11ab (R. 8a e 9a)
Monição: A
Liturgia convida-nos a fazer nossas as palavras que o autor da Carta aos
hebreus coloca nos lábios de Cristo, ainda no seio materno, e que Israel
repetia ao longo de todo o Antigo Testamento. Oremos nós também com profunda
convicção.
Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa
vontade.
Esperei no
Senhor com toda a confiança
e Ele
atendeu-me.
Pôs em meus
lábios um cântico novo,
um hino de
louvor ao nosso Deus.
Não Vos
agradaram sacrifícios nem oblações,
mas
abristes-me os ouvidos;
Não pedistes
holocaustos nem expiações,
então clamei:
«Aqui estou».
«De mim está
escrito no livro da Lei
que faça a
vossa vontade.
Assim o quero,
ó meu Deus,
a vossa lei
está no meu coração».
Proclamei a
justiça na grande assembleia,
não fechei os
meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a
vossa justiça no fundo do coração,
proclamei a
vossa fidelidade e salvação.
Segunda Leitura
Monição: S.
Paulo, na saudação que dirige à Igreja de Corinto, deseja-lhe o amor do Pai e
seu efeito reconciliar, ou seja, a paz. É este o dom precioso que está
prometido a todos nós com a vinda do Salvador.
Coríntios l,
1-3
Irmãos:
1Paulo, por vontade de Deus escolhido para Apóstolo de Cristo Jesus e o irmão
Sóstenes, 2à Igreja de Deus que está em Corinto, aos que foram santificados em
Cristo Jesus, chamados à santidade, com todos os que invocam, em qualquer
lugar, o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: 3A graça e a
paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco.
Começa-se hoje
a leitura seguida da 1ª Carta aos Coríntios, respigando trechos selectos.
1 O cabeçalho
da Carta é teologicamente muito rico; seguindo o formulário epistolar
greco-romano, começa com o nome do remetente (a superscriptio):
«Paulo»,credenciado como Apóstolo de Jesus por vocação divina, e o irmão
Sóstenes, seu colaborador (discute-se se era o chefe da sinagoga já convertido:
cf. Act 18, 17).
2 Segue-se o
destinatário (a adscriptio): «a Igreja de Deus que está em Corinto», com
cláusulas muito expressivas: uma Igreja que não é uma simples assembleia
convocada, como no mundo profano, mas é uma assembleia religiosa (a ekklêsía de
Deus), na continuidade da comunidade israelita e a sua legítima herdeira (cf.
Mt 16, 18), adoptando a mesma designação dos LXX para traduzir o nome hebraico
(qahal). Ao especificar, «que está em Corinto», sugere o seu enquadramento na
única Igreja de Cristo, universal mas presente nesta Igreja particular. Ao
dizer que os seus fiéis «foram santificados em Cristo, chamados à santidade»
indica a sua pertença e consagração a Cristo em virtude da sua acção salvadora
e de um chamamento (chamados, no original kletoi, tem a mesma raiz de ekklesía,
Igreja); trata-se aqui dumasantidade ontológica, que, embora não sendo a
santidade moral, é uma exigência desta, para que a pertença a Cristo redunde
numa identificação com Ele (cf. Rom 8, 29) e não numa vã exterioridade. Notar
que a inclusão nos destinatários de «todos os que invocam o Nome…» (alusão ao
nome divino, aplicado a Jesus: cf. Act 4, 12; 9, 14.21; Gn 4, 26), sugere que a
doutrina da carta é aplicável a todos os cristãos, não só de «qualquer lugar»,
mas também em qualquer tempo; de facto a carta encerra a resposta a questões
muito pontuais e ocasionais, mas apela para princípios perenes e sempre
actuais.
3. «A graça e
a paz…». Paulo adopta esta dupla saudação, tirando a primeira do mundo grego e
a segunda do ambiente judaico, mas enriquecendo-as de sentido cristão: o
«khairein» grego (alegria e saúde) passa a ser «kháris» (graça, dom divino) e o
«xalôm» judaico passa a ser «eirênê» (uma paz que «vem de» – «apó» (em grego) –
Deus e do Senhor Jesus).
Aclamação ao
Evangelho
Jo 1, 14a.12a
Monição: Foi
para nos salvar que o Verbo – a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade – assumiu
a nossa natureza.
Aclamemos o
Evangelho que nos anuncia tão feliz notícia, cantando aleluia.
Aleluia
O Verbo fez-Se
carne e habitou entre nós . Àqueles que O receberam deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus.
Evangelho
São João 1,
29-34
29Naquele
tempo, João Baptista viu Jesus, que vinha ao seu encontro, e exclamou: «Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Era d’Ele que eu dizia: ‘Depois
de mim virá um homem, que passou à minha frente, porque existia antes de mim’.
31Eu não O conhecia, mas para Ele Se manifestar a Israel é que eu vim baptizar
em água». 32João deu mais este testemunho: «Eu vi o Espírito Santo descer do
Céu como uma pomba e repousar sobre Ele. 33Eu não O conhecia, mas quem me
enviou a baptizar em água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito
Santo descer e repousar é que baptiza no Espírito Santo’. 34Ora, eu vi e dou
testemunho de que Ele é o Filho de Deus».
Não deixa de
chamar a nossa atenção o facto de que, sendo S. Mateus o evangelista do ano A,
comecemos precisamente este ano com um texto de S. João. A Liturgia pretendeu
pôr na portada do ano uma leitura de especial significado e riqueza doutrinal;
por isso propõe-nos hoje este trecho de S. João, que é uma apresentação solene
de Jesus Cristo, Aquele que nos vai falar ao longo de todo o ano – apresentação
esta particularmente autorizada –, pois que é feita por «aquele que veio para
dar testemunho da Luz» (Jo 1, 8).
29 «João». No
texto original não aparece o apelido de «Baptista», pois para o evangelista
João não há outro João além do Baptista, uma vez que, por humildade, nunca se
nomeia a si próprio. O Baptista, depois de já ter deixado claro perante as autoridades
judaicas que não era ele o Messias (vv. 19-27), atesta agora, para quem o
cerca, que é Jesus aquele que se espera.
«Eis o
cordeiro de Deus» (cf. v. 36): é uma alusão não só ao cordeiro pascal (Ex
12,1,28; cf. Jo 19, 14.36; Apoc 5, 6.12; 7, 14; 1 Cor 5, 7; 1 Pe 1, 19),
símbolo da redenção, mas também ao Servo Sofredor (Is 52, 13 – 53, 12) que,
inocente, é levado à morte, em vez dos pecadores, para expiação dos pecados.
Note-se que a própria palavra aramaica talyá significava tanto cordeiro como servo.
Ele «tira o pecado»: o singular tem mais força, pois engloba todos os pecados
com todas as suas tremendas implicações.
31 «Eu não O
conhecia». João não quer negar um conhecimento pessoal que já procederia dos
tempos da infância (cf. Lc 1, 36 ss), mas insiste (vv. 31.33) em que não O
conhecia anteriormente na sua qualidade de Messias. Aqui se deixa ver a
naturalidade da vida de Jesus (e assim a dos Santos): o que há de mais santo e
divino passa despercebido. Esta passagem não contradiz Mt 3. 14, onde se diz
que João não quer baptizar Jesus, pois a razão que ele dá não é a de ver n’Ele
o Messias, mas a de conhecer a sua superioridade moral, a sua inocência e
intima união com Deus.
34 São os
Evangelhos sinópticos que relatam com pormenor o Baptismo de Jesus. S. João não
conta a célebre teofania do Jordão, limitando-se a dar o testemunho do Baptista
após aquela manifestação divina.
Sugestões para
a homilia
– Jesus
Cristo, único Salvador
Enviado do
Pai.
Salvador do
mundo
Chama cada um
de nós
– Acolher
Jesus Cristo
Atenção aos
sinais
Fidelidade ao
Espírito Santo
Testemunhas de
Cristo
1. Jesus
Cristo, único Salvador
Em todos os
tempos, com particular incidência em nossos dias, por causa do endeusamento do
progresso, as pessoas são tentadas a dispensar Jesus Cristo das Suas vidas, e a
recusar-se a aceitá-l’O como único Salvador do mundo.
a) Enviado do
Pai. «Disse-me o Senhor: ‘Tu és o meu servo, Israel’.» Embora estas palavras
tenham sido dirigidas ao profeta Isaías, em última análise, elas são dirigidas
ao Povo de Deus.
A Igreja é o
Povo de Deus da Nova Aliança, realizada no Calvário, no Sangue do Cordeiro.
Participamos
da missão profética, real e sacerdotal de Jesus. Cada um de nós foi resgatado
por Ele, para assumir também a Sua mesma missão. A cada um de nós diz o Senhor
que nos chamou desde o seio materno. Não há pessoas a mais no mundo, ao acaso.
Todas foram chamadas à vida e à Igreja por Deus, com amor infinito.
Há pessoas que
se queixam de serem mal-amadas, de viverem sem o amparo de qualquer afecto. Não
é verdade. Cada um de nós foi chamado à vida presente por Deus, com amor
infinito, para realizar uma tarefa grandiosa no mundo.
b) Salvador do
mundo. «E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para
fazer de mim o seu servo, a fim de Lhe reconduzir Jacob e reunir Israel junto
d’Ele.»
As pessoas
sonham com uma vida sem sacrifício e tentam sacudir dos ombros o jugo suave e o
peso leve da cruz. Procuram adorar falsos deuses, atraídos pela promessa duma
felicidade que nunca chegam a gozar.
Estão de moda
o prazer dos sentidos, em todas as suas formas, a idolatria do dinheiro e da
afirmação pessoal, em cargos ou bens que ostentam com vaidade.
As pessoas
caíram na ilusão de construir um paraíso na terra, pondo de lado o amor e
substituindo-o pelo ódio. Tornaram-se escravos da máquina do Estado
materialista.
Jesus Cristo,
de ontem, de hoje e de sempre, vem restituir-nos a esperança e, com ela, a
alegria de viver.
c) Chama cada
um de nós. «Vou fazer de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue
até aos confins da terra.» Como hei-de participar nesta missão salvadora de
Jesus Cristo? Fazendo a vontade do pai, realizando a vontade de Deus a meu
respeito, na vocação a que Ele me chamar.
O importante
não fazer coisas importantes ou ocupar cargos de destaque, brilhando aos olhos
dos homens, mas fazer a vontade de Deus, viver com generosidade a vocação
pessoal de cada um de nós.
É vivendo com
generosidade crescente a vocação a que o Senhor nos chamou que seremos a luz do
mundo.
As pessoas já
não entram no templo para ouvir a Palavra de Deus; desapareceram os sinais do
sagrado no mundo do trabalho, do ensino e na grande cidade percorrida pelos
homens.
Precisam de
encontrar um testemunho vivo de que Deus existe e nos ama no amor gratuito e
generoso de cada um de nós ao seu irmão.
Somos chamados
a «encarnar» na vida de cada dia a imagem de Jesus Cristo. Interpelemo-nos
constantemente: como faria Ele, se estivesse aqui e agora?
2. Acolher
Jesus Cristo
A cena do
Evangelho passa-se nas margens do Jordão onde João Baptista pregava e
administrava um baptismo de penitência. Este não era o Sacramento da Nova lei,
pelo qual se infunde a graça santificante, com os dons do Espírito Santo e as
virtudes teologais, e se apaga a mancha do pecado original.
Ao recebê-lo,
as pessoas proclamavam com este gesto que acolhiam o plano de redenção do Pai.
a) Atenção aos
sinais. «Naquele tempo, João baptista viu Jesus, que vinha ao seu encontro[…].»
Como passou
junto de João Baptista, Jesus Cristo passa muitas vezes ao nosso lado, para nos
ajudar no caminho da santidade pessoal.
Fala-nos
naquela pessoa que precisa da nossa ajuda, que nos oferece os seus préstimos,
ou mesmo nos trata com pouca ou nenhuma deferência.
Precisamos de
muita atenção, vivendo na presença de Deus, para encararmos com fé o que nos
quer dizer. Ele interpela-nos a cada instante: pedindo ajuda, falando ao nosso
coração, chamando a atenção para algum aspecto d nossa vida.
Com este
espírito de fé, conseguiremos ver maravilhas onde outras pessoas não descobrem
nada mais alem do quotidiano.
b) Fidelidade
ao Espírito Santo. «João deu mais este testemunho: ‘Eu vi o Espírito Santo
descer do Céu como uma pomba e repousar sobre Ele‘».
Também
recebemos o Espírito Santo, no momento do nosso Baptismo. Como nas margens do
Jordão, o Espírito Santo desceu sobre nós, os céus – fechados para nós desde o
pecado original dos nossos primeiros pais – abriram-se e o Pai proclamou –
referindo-se cada um de nós – o mesmo, embora com a diferença entre filiação de
Jesus e a nossa: «Eis o Meu ilhó muito amado.
A partir de
então, tornámo-nos filhos de Deus. Foi-nos dado o Espírito Santo para que, com
toda a suavidade, nos ajude a formar em nós a imagem viva de Jesus Cristo.
Para o
conseguirmos, além de muita graça de Deus, temos necessidade de uma atenção
constante às inspirações do mesmo Espírito e de segui-las com prontidão e
delicadeza. O nosso exame de consciência de cada noite deve incidir
essencialmente nisto: fui dócil ao Espírito Santo em cada momento do meu dia?
Sem este
esforço não conseguimos ser imagens vivas de Jesus Cristo que arraste ao Seu
encontro aqueles que O perderam de vista ou nunca o conheceram.
c) Testemunhas
de Cristo. «Ora eu vi e dou testemunho e que Ele é o Filho de Deus.»
O nosso
encontro com Jesus Cristo em cada Domingo, na Celebração da Santa Missa, deve
continuar durante a semana. Saímos do templo com a missão de dar testemunha do
Seu Amor, da alegria que infunde em nós e da felicidade para onde nos conduz,
pela nossa conduta.
A alegria e
acolhimento que manifestamos na família, com uma atenção carinhosa a cada
pessoa que a integra; a paciência, cordialidade e perfeição no trabalho há-de
levar as pessoas a interrogar-se: «se esta pessoa tem os mesmos problemas de cada
um de nós, qual o segredo deste seu modo de se comportar?
Havemos de
estar sempre disponíveis para «dar às pessoas a razão da nossa esperança.»
Na vida
silenciosa e Nazaré, Nossa Senhora e S. José não fizeram coisas
extraordinárias. De outro modo, estariam narradas no Evangelho, para nossa
edificação.
Foi com o
ordinário de cada dia, vivendo-o de modo extraordinário, que ajudaram os seus
conterrâneos na sua caminhada para Deus.
Liturgia
Eucarística
Introdução à
Liturgia Eucarística
Como os dois
desanimados que se dirigiam para Emaús, na tarde do Domingo da Ressurreição,
estamos com Jesus Cristo que nos iluminou com a Sua Palavra.
Num clima de
ainda maior intimidade com Deus, vamos participar no mistério da
Transubstanciação, em que Jesus Cristo muda o pão e o vinho, por nós ofertado,
no Seu Corpo e Sangue, como no cenáculo, na noite de Quinta feira santa.
Receberemos
depois, se estivermos devidamente preparados, este mesmo Senhor que Se nos
oferece como alimento e penhor da Ressurreição final.
Oração sobre
as oblatas: Concedei-nos, Senhor, a graça de participar dignamente nestes
mistérios, pois todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício
realiza-se a obra da nossa redenção. Por Nosso Senhor…
Saudação da
Paz
S. Paulo
dirige-se aos fieis de Corinto com as palavras que ouvimos proclamar na segunda
leitura: «A graça e a paz de deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam
convosco.»
A paz e
reconciliação a que o Senhor nos conduz é também fruto da generosidade de cada
um de nós, perdoando e aceitando ser perdoados.
Com estas
disposições salutares,
Saudai-vos na
paz de Cristo!
Monição da
Comunhão : O Senhor preparou para nós a Mesa da Eucaristia, na qual Ele mesmo
Se nos dá como alimento.
Avivemos a
nossa Fé e renovemos o nosso Amor, para que O recebamos com verdadeiro fruto
que nos conduza à vida eterna.
Salmo 22, 5
Antífona da
comunhão: Para mim preparais a mesa e o meu cálice transborda.
Ou: 1 Jo 4, 16
Nós conhecemos
e acreditámos no amor de Deus para connosco.
Oração depois da
comunhão: Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade, para que vivam
unidos num só coração e numa só alma aqueles que saciastes com o mesmo pão do
Céu. Por Nosso Senhor…
Ritos Finais
Monição final:
Somos testemunhas de Jesus Cristo em todas as encruzilhadas da vida.
Façamos, um
esforço generoso para sermos cristãos nas vinte e quatro horas de cada dia, em
todos os ambientes a que Deus nos envia.