Roteiro Homilético 6: Roteiro
Introdução ao
espírito da Celebração
A fé cristã
assenta na sabedoria que vem de Deus e não do mundo. Somos convidados a olhar
para os homens nossos irmãos, amando-os como Deus os ama. A santidade a que
somos chamados consiste em fazer a vontade de Deus nosso Pai, que ama a todos,
sem distinção. Amando os que nos perseguem e orando pelos nossos inimigos,
sabemos que somos filhos de Deus. Quanta exigência e quanta motivação contida
nesta frase imperativa do Divino Mestre: Sede perfeitos como é perfeito o vosso
pai celeste!
ORAÇÃO
COLECTA: Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que, meditando continuamente nas
realidades espirituais, pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos
agrada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
LITURGIA DA
PALAVRA
Primeira
Leitura
Monição:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Sede santos! Deus propõe-nos o mandamento
do amor como caminho de santidade, porque o amor entre os homens é o sinal do
amor divino.
Levítico 19,
1-2.17-18
1O Senhor
dirigiu-Se a Moisés nestes termos: 2«Fala a toda a comunidade dos filhos de
Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo’.
17Não odiarás do íntimo do coração os teus irmãos, mas corrigirás o teu
próximo, para não incorreres em falta por causa dele. 18Não te vingarás, nem
guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Eu sou o Senhor».
O texto da
leitura de hoje, tirado da quarta e última parte do Levítico, o chamado Código
de Santidade (Lv 17 – 26), foi escolhido em função do Evangelho que apela à
santidade de vida.
2 «Sede
santos, porque Eu sou Santo». É uma ideia mestra do Levítico. Deus é a infinita
grandeza e majestade, transcendente e inacessível a todos os restantes seres,
criaturas suas. Ele é esse misterium fascínams et tremendum, cuja presença
infunde respeito e temor (cf. Ex 33, 18-23); e isto a tal ponto, que o homem
sente perante Ele o abismo do seu nada e da sua indignidade, por isso crê não
ser possível ver a Deus e continuar a viver. Só Deus é santo, transcendente,
mas todos os seres que estão em contacto com Ele e Lhe são consagrados
participam da santidade de Deus, tornam-se santos, separados do profano,
consagrados ao seu serviço e ao seu culto, e não apenas os lugares, tempos,
objectos e pessoas, especialmente os sacerdotes, mas também todo o povo de
Israel, porque foi escolhido entre os povos, para ser o povo de Deus: «vós
sereis para mim um reino de sacerdotes e um povo santo» (Êx 19, 6); «sede,
portanto, santos para Mim, porque Eu, Yahwéh, sou Santo e separei-vos de entre
os povos, a fim de serdes meus» (Lv 20, 26). Porque o Povo era propriedade
divina e estava todo ele dedicado ao culto, tinha de observar umas tantas
normas de pureza ritual que lhe fizessem tomar consciência desta condição de
pertença divina e dedicação ao culto. Esta santidade cultual e pureza legal não
terminava no puramente legal, ritual e externo, pois ela simbolizava, protegia
e fomentava a santidade interior, a perfeição moral: a separação do profano
conduz à fuga do pecado, a pureza ritual postula a pureza de consciência (cf.
Is 6,3-7). Todo o complicado sistema religioso do Levítico destinava-se a
preparar as pessoas para Cristo que nos diz: sede perfeitos, como o vosso Pai
celeste é perfeito (Mt 5,48), como se lê no Evangelho deste Domingo.
Salmo
Responsorial
Sl 102 (103),
1-2.3-4.8.10.12-13 (R. 8a)
Monição: Este
salmo é um poema de louvor à bondade divina. «Como um pai se compadece dos seus
filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que O temem.» Em comunhão com toda
a Igreja, cantamos: «O Senhor é clemente e cheio de compaixão!»
Refrão: O SENHOR É CLEMENTE E CHEIO DE
COMPAIXÃO.
Ou: SENHOR, SOIS UM DEUS CLEMENTE E
COMPASSIVO.
Bendiz, ó
minha alma, o Senhor
e todo o meu
ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó
minha alma, o Senhor
e não esqueças
nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa
todos os teus pecados
e cura as tuas
enfermidades;
salva da morte
a tua vida
e coroa-te de
graça e misericórdia.
O Senhor é
clemente e compassivo,
paciente e
cheio de bondade;
não nos tratou
segundo os nossos pecados,
nem nos
castigou segundo as nossas culpas.
Como o Oriente
dista do Ocidente,
assim Ele
afasta de nós os nossos pecados;
como um pai se
compadece dos seus filhos,
assim o Senhor
Se compadece dos que O temem.
Segunda
Leitura
Monição: S.
Paulo ensina-nos: «Tudo é vosso; vós sois de Cristo e Cristo é de Deus.» Por
Jesus Cristo todos somos chamados à unidade. Há um só Corpo, um só Espírito, um
só Senhor, uma só fé e um só Baptismo. A unidade da Igreja é fruto do Espírito
Santo que habita em nós e realiza a maravilhosa comunhão dos fiéis!
1 Coríntios 3,
16-23
16Não sabeis
que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17Se alguém
destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo, e
vós sois esse templo. 18Ninguém tenha ilusões. Se alguém entre vós se julga
sábio aos olhos do mundo, faça-se louco, para se tornar sábio. 19Porque a
sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus, como está escrito: «Apanharei
os sábios na sua própria astúcia». 20E ainda: «O Senhor sabe como são vãos os
pensamentos dos sábios». 21Por isso, ninguém deve gloriar-se nos homens. Tudo é
vosso: 22Paulo, Apolo e Pedro, o mundo, a vida e a morte, as coisas presentes e
as futuras. Tudo é vosso; 23mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.
Continuamos
neste Domingo com a leitura da 1ª parte da Carta aos Coríntios, em que S. Paulo
pretende pôr cobro às divisões em grupinhos rivais: os coríntios iam atrás de
sabedoria humana e não divina, ao gloriarem-se em pregadores preferidos. No seu
apelo à unidade, Paulo apresenta a Igreja como um edifício sólido, em que todos
têm de estar unidos, para se manter firme.
16-17 «Templo
de Deus». A comunidade cristã de Corinto (e a Igreja universal) é designada
desta forma, pois nela habita o Espírito Santo e nela exerce a sua acção
santificadora. Em 1 Cor 6, 19 cada fiel em particular é também chamado templo
de Deus. «Destruir o templo de Deus», a Igreja, é espalhar a má doutrina, os
maus exemplos (daqui provém a expressão, conduta desedificante), mas também o
atentar contra a unidade da Igreja, nem que seja só por promover capelinhas.
21-22 «Tudo é
vosso». S. Paulo quer rebater aqueles cristãos com menos formação que se
queriam prender demasiado ao prestígio da pessoa dos pregadores do Evangelho –
eu cá sou de Apolo», eu cá sou de Paulo, eu cá sou de Pedro (v. 4) – e que, com
demasiada visão humana, se gloriavam dos homens e dos seus dotes de eloquência,
mostrando assim estarem imbuídos duma sabedoria deste mundo (v. 19). Por isso
exclama: tudo é vosso,incluindo os pregadores e chefes da Igreja (Apolo, Paulo,
Pedro); estes não são os proprietários dos fiéis, mas eles pertencem à
comunidade dos fiéis, como seus servos (cf. 2 Cor 4, 5), por isso não tem
sentido andarem a dizer:sou de Paulo, sou de Apolo… (v. 4). «Vós sois de
Cristo!» e «Cristo é de Deus», enquanto homem; considerado como pessoa, Ele
mesmo é Deus (cf. Filp 2, 6-11).
Aclamação ao
Evangelho
1 Jo 2, 5
Monição. «Quem
observa a palavra de Jesus Cristo, nesse o Amor de Deus é perfeito!» Estas
palavras de aclamação ao Evangelho são tiradas da primeira carta de S. João (1
Jo 2,5). Aclamemos Jesus Cristo, que nos convida a sermos perfeitos como é
perfeito o pai celeste!
ALELUIA
Quem observa a
palavra de Cristo, nesse o amor de Deus
é perfeito.
Evangelho
São Mateus 5,
38-48
38«Ouvistes
que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’. 39Eu, porém,
digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita,
oferece-lhe também a esquerda. 40Se alguém quiser levar-te ao tribunal, para
ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto. 41Se alguém te obrigar a
acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. 42Dá a quem te pedir
e não voltes as costas a quem te pede emprestado.43Ouvistes que foi dito:
‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. 44Eu, porém, digo-vos: Amai os
vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, 45para serdes filhos do
vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e
chover sobre justos e injustos. 46Se amardes aqueles que vos amam, que
recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? 47E se saudardes
apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os
pagãos? 48Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».
Continuamos
neste Domingo com o Sermão da Montanha, na primeira parte, em que se agora é
abordado o tema central da Boa Nova, a caridade para com todos.
39-40 «Não
resistais ao homem mau». Jesus, com a lei do amor – o mandamento novo (Jo 13,
34) –, revoga para sempre a lei da vingança, que, embora moderada pela lei do
talião (Ex 21, 23; Lev 24, 19-20; Dt 19, 18-21), era uma lei de desforra ditada
não pelo amor, mas pelo zelo da própria honra ou da honra da família ou do clã.
A lei do talião correspondia a um grande avanço moral e social para os tempos
do Antigo Testamento, pois evitava uma vingança exagerada, que só provocaria
novas vinganças sem fim; esta lei estabelecia o critério de que o castigo devia
ser tal qual o delito, não podendo ser maior, daí o seu nome: talião. Jesus
Cristo estabelece novas bases – o amor, o perdão das ofensas, a superação do
orgulho – sobre as quais os homens hão-de atender a uma defesa razoável dos
seus direitos. Os exemplos que Jesus dá, tão incisivos – oferecer a outra face,
deixar a capa –, apontam para um novo espírito, com que têm de ser solucionados
os conflitos, não são exemplos a indicar a letra da lei!
43 «Amarás o
teu próximo, odiarás o teu inimigo». Só a 1ª parte estava expressa na Sagrada
Escritura (cf. Lev 19, 18 – 1.a leitura). Os judeus consideravam próximo apenas
os parentes, amigos e correligionários, ideia que Jesus corrigiu (cf. Lc 10,
25-37). A lei do ódio ao inimigo era deduzida das prescrições relativas aos gentios,
para se evitar o contágio da idolatria (cf. Dt 20, 13-17; 23, 4-7; 25, 17-19).
48 «Sede
perfeitos, como o vosso Pai Celeste é perfeito». A expressão não é um paradoxo,
pois rigorosamente falando, é impossível que a criatura alcance a perfeição de
Deus. Mas esta é a meta para que deve tender todo o discípulo de Cristo. A
santidade é a vocação de todo o baptizado. João Paulo II propôs como objectivo
para o caminho da Igreja no 3º milénio a santidade de vida para todos: «Como
explicou o Concílio, este ideal de perfeição não deve ser objecto de equívoco,
vendo nele um caminho extraordinário, capaz de ser percorrido apenas por algum
génio da santidade. Os caminhos da santidade são variados e apropriados à
vocação de cada um. Agradeço ao Senhor por me ter concedido, nestes anos,
beatificar e canonizar muitos cristãos, entre os quais numerosos leigos que se
santificaram nas condições ordinárias da vida. É hora de propor de novo a
todos, com convicção, estamedida alta da vida cristã ordinária: toda a vida da
comunidade eclesial e das famílias cristãs deve apontar nesta direcção. Mas é
claro também que os percursos da santidade são pessoais e exigem uma verdadeira
e própriapedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos;
deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas
tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas
pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja».
Sugestões para
a homilia
«Amarás o teu
próximo como a ti mesmo!»
No Domingo
passado, ouvimos Jesus dizer que não veio revogar, mas dar pleno cumprimento à
lei e às profecias. Hoje, continuamos a ler este discurso, tirado do capítulo
quinto de S. Mateus, conhecido como o Sermão da montanha. Jesus explica a
novidade da Nova Aliança, do Novo Testamento, cuja base assenta na caridade
para com todos os homens! O preceito «de amar o próximo» é antigo! «Amarás o
teu próximo como a ti mesmo!» (Lev19,17-18) Na prática, este mandamento,
limitava-se aos membros do povo bíblico. Jesus alarga o horizonte e pede-nos
para amarmos todos os homens, nossos irmãos. Este amor universal torna-se sinal
credível daquele Amor eterno e compassivo de Deus para com toa a humanidade.
Por isso, Jesus convida-nos: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai
celeste!» Apontando para o exemplo do Pai celeste, que faz brilhar o sol para
bons e maus e que manda chover para justos e pecadores, Jesus pede-nos para dar
a outra face e amar os inimigos. Jesus aponta-nos uma meta muito alta para não
nos contentarmos com a mediocridade. O horizonte do Reino de Deus não fica
limitado pelas dificuldades da terra, mas alarga-se até ao Céu! Deus é Pai de
todos. Não podemos classificar os nossos irmãos como bons e maus, com base em
critérios ideológicos, religiosos, étnicos ou morais: «Deus não faz acepção de
pessoas!» (Rom 2, 11) Só Deus é termo de comparação para todos, porque Ele é
«Clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade». E se alguém é mau para
connosco não é negando-lhes a chuva e o sol da nossa bondade que se tornará
melhor. Além disso, recordemos que «Jesus morreu por nós quando éramos
pecadores!» (Rom 5, 8) Deus ama gratuitamente! Deus é justo e Santo! Aceitemos
o seu convite que nos dirigiu no livro do Levítico: «Sede Santos porque Eu sou
Santo!» A nossa bondade para com todos á aquela luz que há-de brilhar no mundo
para que os homens vejam as nossas boas obras e nos possam reconhecer como
discípulos de Jesus e glorifiquem O Pai que está nos Céus! Além disso, o nosso
amor fraterno é sinal da nossa filiação divina! Guardemos no nosso coração a
Palavra que Jesus nos dirige e ponhamo-la em prática com diligência para
alcançarmos a perfeição, a santidade: «Amai os vossos inimigos! Orai pelos que
vos perseguem para serdes filhos do vosso Pai celeste!»
LITURGIA
EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE
AS OBLATAS: Concedei, Senhor, que celebremos dignamente estes divinos
mistérios, de modo que os dons oferecidos para vossa glória sejam para nós
fonte de eterna salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
SANTO
Monição da
Comunhão
«A obra da
evangelização pressupõe em nós um grande amor fraterno. São sinais deste amor a
preocupação pela verdade, o respeito pela situação religiosa e espiritual de todas
as pessoas. Respeito pela sua consciência e pelas suas convicções.» (EN 79)
«A prática da
caridade fraterna é um acto da Igreja e faz parte da sua missão originária.»
Papa Bento XVI, Deus caritas est, nº 32
Salmo 9,2-3
ANTÍFONA DA
COMUNHÃO: Cantarei todas as vossas maravilhas. Quero alegrar-me e exultar em
Vós. Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.
Ou
Jo 11,27
Senhor, eu
creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo, o Salvador do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS
DA COMUNHÃO: Nós Vos pedimos, Deus omnipotente, que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
RITOS FINAIS
Monição final
Ó Pai eterno,
abismo de caridade!
Ó Pai celeste,
abismo de eterna Bondade e eterna Misericórdia!
Por que és tão
louco de Amor?
Por que Te
prendes à tua criatura?
Por que
colocas nela a tua complacência?
Por que
colocas nela as tuas delícias?
O desejo da
sua salvação é em ti uma embriaguez: a criatura foge e Tu partes à sua procura.
Ela afasta-se e Tu a procuras. Poderias vir para mais perto dela do que
revestires-te da sua humanidade?
(Stª Catarina
de Sena)
HOMILIAS
FERIAIS
7ª SEMANA
2ª Feira,
24-II: A força da oração, feita com fé.
Sir 1, 1-10 /
Mc 9, 14-29
Jesus
replicou-lhe: Se podes?! Tudo é possível a quem acredita.
«Tal é a força
da oração: ‘tudo é possível a quem crê’ (Ev.), com uma fé que não hesita» (CIC,
2610).
A fé é a nossa
resposta à palavra de Deus, onde reside a Sabedoria: «A fonte da Sabedoria é a
palavra de Deus no alto dos céus, e os seus caminhos são preceitos eternos»
(Leit.). Procuremos acolher com fé a palavra de Deus, que nos indica o caminho
do Céu. A oração, cheia de fé, é o melhor meio de vencermos as tentações, de
ultrapassarmos as dificuldades, de obtermos do Senhor aquilo que precisamos.
3ª Feira,
25-II: Cadeira de S. Pedro: União com o Papa.
1 Ped 5, 1-4 /
Mt 16, 13-19
Eu também te
digo a ti: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.
Esta Festa da
Cadeira de S. Pedro é uma boa oportunidade para vivermos bem a unidade à volta
do Papa. É esta uma vontade expressa do Senhor (Ev.).
Cristo, que é
a pedra angular, garante à Igreja, edificada sobre Pedro, o triunfo sobre o demónio
(Ev.). Apoiemos o Papa com as nossas orações e sacrifícios; sigamos fielmente
os seus ensinamentos e ajudemos todos a viver a unidade da doutrina. Peçamos,
pois, para todos os pastores de almas: «Apascentai o rebanho de Deus, velai por
ele, para serdes modelos do rebanho» (Leit.).
4ª Feira,
26-II: Compromisso na animação cristã da sociedade.
Sir 4, 11-19 /
Mc 9, 38-40
Não o
impeçais, pois ninguém pode fazer um milagre em meu nome e logo a seguir dizer
mal de mim.
Ao anunciar a
Boa Nova o que é mais importante é a proclamação da verdade sobre Cristo e
sobre o homem, em união filial com o Papa e os Bispos. Quem assim dá testemunho
apostólico recebe a bênção do Senhor: «Quem conquista (a Sabedoria) recebe a
glória como herança: para onde quer que vá, tem a bênção do Senhor» (Leit.).
Esta Sabedoria
levará cada fiel a comprometer-se na animação cristã da sociedade em que vive,
apoiado nos ensinamentos do Magistério da Igreja, aplicados com liberdade e
responsabilidade.
5ª Feira,
27-II: Evitar as ocasiões de pecado.
Sir 5, 1-8 /
Mc 9, 41-50
Não esperes
para te converteres ao Senhor, pois subitamente há-de irromper a sua
indignação, e no tempo do castigo serás exterminado.
«Jesus fala
muitas vezes da ‘gehena do fogo que não se apaga’ (Ev.), reservada aos que
recusam até ao fim da vida acreditar e converter-se» (CIC, 1034). Para evitar
isso, somos convidados à conversão, sem demoras (Leit.).
Muitas vezes a
conversão consiste em rejeitar decididamente o que for para nós ocasião de
pecado: «A pessoa temperada orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda
uma sã descrição e não se deixa arrastar pelas paixões do coração (Leit.)»
(CIC, 1809). E: «Se um dos teus olhos for para ti ocasião de pecado, deita-o
fora» (Ev.).
6ª Feira,
28-II: A fidelidade no matrimónio.
Sir 6, 5-17 /
Mc 10, 12
Quem despedir
a sua mulher e casar com outra comete adultério em relação à primeira.
Infelizmente
são muitos os católicos que recorrem ao divórcio e depois contraem civilmente
uma nova união: «A Igreja mantém, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo
(Ev.), que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro
matrimónio foi válido» (CIC, 1650).
É muito
importante viver a amizade: «O amigo fiel é abrigo seguro: quem o encontrou
descobriu um tesouro» (Leit.) A amizade precisa ser protegida e defendida,
mantida firme nas dificuldades, resistente ao passar do tempo e das
contradições.
Sábado,
01-III: Restauração da ‘imagem’ de Deus.
Sir 17, 1-15 /
Mc 10, 13-16
À semelhança
de si mesmo, Deus revestiu-os (aos homens) de força e formou-os à sua própria
imagem.
Esta imagem e
semelhança de Deus foram restauradas no homem por Cristo, apesar de desfigurada
pelo pecado e pela morte: «Na economia da salvação, o próprio Filho assumirá a
‘imagem’ e restaurá-la-á na ‘semelhança’ com o Pai» (CIC, 705).
Ajudaremos
Jesus nesta restauração se, por exemplo, nos fizermos como crianças diante de
Deus (Ev.). Precisamos ter uma vontade firme para nos comportarmos como filhos
de Deus, dóceis à sua vontade; vivermos com simplicidade e abandono em Deus.